O quinteto de aventureiros assiste as últimas chamas do vilarejo de Layca quando a chuva começa a cair. Seguem viajem sem demora, nem Aldros, nem ninguém quer mais ficar naquele lugar de morte e chamas. A estrada que se inicia é quieta, pesada e bastante cansativa, nos três dias só encontram abrigo em uma taverna onde dormem no chão do salão, entretanto é lá que se encontram com mercadores e compram duas peças de ouro em ração de viagem, um cálculo de mais ou menos um mês se não forem muito glutões, além disso, é nesse lugar nenhum pouco acolhedor onde teorizam a respeito dos homens que mataram em Layca. Na outra metade do caminho até a capital de Andoran, a situação ficou pior quando a carroça que o grupo utilizava teve a roda quebrada, e sem concerto, foi abandonada pelo grupo. Uma das noites em uma taverna abandonada, e a noite seguinte chegam até uma taverna quente e aconchegante, onde podem tomar banho e se recuperar dos dias exaustivos, ainda no local, Gau compra uma carroça que um mercante tinha extra.
Três dias se sucederam desde que passaram pelos arredores de Almas, a não ser Aric, que questionou uma investigação sobre o tal Lorde Djoric, ninguém pareceria com vontade alguma de ir para a cidade. Durante o caminho Ego inicia uma conversa sobre a porta, ele expõe insinuantemente que todos devem abri-la com a única intenção de destruir o mal presente, Aric se mostra desfavorável a abertura dela, e Gau também, ele teme ser corrompido pôr o que quer que esteja lá, com teorias sobre um demônio. O paladino e o velho feiticeiro conversam sobre mais alguns assuntos, sobre a maldade dos homens e as perdas que temos no meio do caminho.
Há dois dias do destino, uma tempestade fortíssima atinge os aventureiros e passando por uma estrada lamacenta, Ego percebe uma estranha poça no meio da estrada, avisando o grupo, todos assumem posições. Nas laterais da estrada, estrategicamente bandidos esperavam à espreita numa emboscada, dois deles brigam com Ego, Aric, e ficam na mira de Aldros, Gau concentra suas magias sem sucesso, e outros dois rendem Umog, com um deles agarrando-a e pondo uma adaga em seu pescoço. O que eles não contavam era com o enorme urso pardo ao qual a druída se transformou durante um rugido esbravejante, ela partiu para cima dos dois, que fugiram com o rabo entre as pernas, sobrevivendo somente pelo chamado de Aldros: “Umog!”.
Finalmente retornam a Val do Falcão, sem chuva e com um clima friorento, percebem uma mudança significativa, não há mais corpos pela cidade e quando param, adentrando no templo já conhecido, sentem o cheiro dos incensos de lavanda. Lady Cyrtana fica bastante surpresa, mas contente, com o retorno do grupo, ela só tem de agradecer. Um tempo depois vão para a delegacia para encontrar o Xerife, que chega um pouco depois deles no local, ele também está bastante feliz com o retorno dos aventureiros, e os avisa sobre a passada de mercenários nada comuns que perguntavam sobre um homem com marcar estranhas no rosto. O grupo enfatiza que estes mercenários são perigosos, e estão a mando de um político local. Quando questionado sobre os documentos do Templo dos Anões, o Xerife diz que trocou cartas com um sábio de uma cidade próxima, fica decidido por todos que irão na manhã seguinte viajar para encontrar esse homem que pode dar novas respostas. Durante o restante da estadia na Vila fazem uma visita a Lady Laura, e vão para a Taverna local passarem algumas boas horas, conversando e bebendo por conta da casa – o Taverneiro conta que a cura salvou sua filha e ele é eternamente grato – entretanto o grupo opta por deixar algumas moedas para o homem.
Carpenden aparece no horizonte, é uma cidade bastante grande para os padrões de Andoran, culturalmente e mercantilmente prospera, ela é muito bem construída, principalmente na vertical, é sólida, com ruas de paralelepípedo, possuindo guardas que vestem azul e preto. O quinteto, agora acompanhados do Xerife, caminham pela cidade até chegarem em uma parte mais pobre, um local mais escondido e escuro, em uma das ruas baixas em um bairro suspeito. São levados até uma porta vermelha, com um estranho quadrado preto pintado, ao baterem, uma voz fina grita para que entrem. O local por dentro, é um tipo de biblioteca com milhares de livros empilhados por todos os lados, descendo escadas no local, encontram-se com um gnomo, chamado Tinfal, que ao notar a presença de Gau não se sente à vontade. É nesse momento que Aldros e Umog decidem que não querem aquela conversa e se dirigem para fora da loja.
O gnomo diz que está ali para responder as perguntas do grupo, e elas começam. Qual o mal atrás da porta? “Vem das profundezas do inferno”. Em suma sobre a história do Templo dos Anões, Goldendale era o braço direito de um Feiticeiro muito poderoso, ainda que de nome desconhecido, e ambos faziam parte de um culto que busca trazer Rovagug , o maior dos deuses malignos, entretanto não seria possível um mero mortal fazer isso, por isso, foram criadas duas seitas: uma para a invocação de demônios menores, simbolizada por um sol na nuca, e outra focada na imortalidade, essa é simbolizada por uma meia lua. O objetivo era então, controlar esses demônios menores para que eles então trouxessem Rovagug para esse mundo, enquanto o feiticeiro, de alguma forma, tranca-se por de trás de uma porta – do qual as chaves estão com os líderes de cada uma dessas seitas – esperando eternamente a chegada do deus perverso para o início de uma nova era de destruição.
Tinfal, o gnomo de 200 anos
Nessa hora Gau abre o jogo sobre seu passado, sobre fazer parte de uma dessas seitas e que era conselheiro de um certo rei. É nesse momento em que Tinfal disserta para os remanescentes do recinto a respeito de cada um, Gau, Ego e nem Aric se escapa, ele fala também das possibilidades do que pode estar atrás da porta, a certeza é de que é um ritual de invocação, a dúvida está em ele estar completo ou não, precisam rezar para que não. Antes de irem, o gnomo fornece um pergaminho para que seja lido no momento certo.
Cartas de Procurado de Gau que foi mostrado a Tinfal
Do lado de fora, enquanto essa conversa acontecia, Aldros e Umog dialogam sobre outra questão para eles mais importante, o Ovo. Ao abrirem a mochila, parecem que a cor mudou novamente, ele está azulado, o ladino das escamas no rosto sussurra palavras em dracônico endereçadas a criatura de dentro, de repente os olhos de Aldros ficam completamente brancos e ele se vê em uma estranha visão:
Está em um trono, e o sentimento é de paz. Em um piscar de olhos, está no corpo de alguém, que comanda um exército em um campo de batalha, esse exército massacra os inimigos, com dragões e sangue, ele sente a vitória iminente.
Se não bastasse a visão de Aldros com os olhos virados, Umog agarra a mão de Aldros na intenção de levá-la ao Ovo, mas algo interrompe sua ação, um moleque passa correndo e roupa a mochila da meia-orc. Uma perseguição se inicia, o garoto é extremamente ágil, escalando sobre os telhados da região, Umog decide transformar-se em um Leopardo e dispara ferozmente para cima do menino. Eventualmente o moleque percebe que é melhor largar a bolsa do que virar jantar, e arremessa para o outro lado. Umog recupera seu pertence e retorna para a loja, bem a tempo de encontrar-se com todos já saindo de lá.
Retornam então para Val do Falcão, enquanto deixam os outros aliados a par da situação e das informações. Preparados para nova jornada, adentram a floresta, sentem um clima diferente, mais leve, como se a floresta os ajudasse. Na noite, quando todos arrumam-se para acampar...